quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Trajetória II

"... Um dia, não diferente de todos os que viveu, teve um pensamento de liberdade.
Enfim algo que lhe mostrava que o valor dado para si mesma era muito pouco do que representava.
Sempre esperou aprovação de quem quer que fosse, mas agora, finalmente, enxergou que a aprovação deve ser de nós mesmos.

Isto a libertou de seus medos, aos poucos.
Começava a ter passos novos e novas atitudes.
Adoção de um novo tudo! Mas que a permitiu começar ou recomeçar a viver."

A trajetória de nossas vidas não é uma coisa fácil. Aliás, se fosse, este mundo não nos pertenceria.
Os nossos medos nos limitam de viver plenamente, porque acabamos ficando presos a algo ou a alguém.
Tudo depende da gente... Para o dia ser melhor, para termos mais esperança... Para melhorar nossos desempenhos no trabalho... Para nossos filhos nos olharem como ídolos... Para o sol ter mais brilho... Para a chuva ter mais valor...
Tudo, mas tudo mesmo depende de nós, de como pensamos e de como iremos lidar com as peculiaridades de nosso dia-a-dia.
A rotina nos escraviza, liberte-se de amarras que nos prendem.
Nossos pensamentos têm poder!!

A Trajetória I

"... Vivia com medo de viver!
Não se sabe do amanhã e isto sempre a deixou na incógnita de suas ações... Nunca foi boa em lidar com o inesperado.
O medo de tudo lhe criava uma barreira imperceptível aos seus olhos, mas que limitava e bastante o seu modo de viver e enfrentar o mundo.
Aliás, enfrentar o mundo sempre foi o que mais deixou de lado. Mal sabia o que a vida lhe reservava...
Nunca pensou em si realmente, o que importava era o bem-estar de outras pessoas. Vivia quase como uma gestão de caridade e isto acabava anulando o que realmente queria para si. Não pensava assim porque queria, mas porque não conseguia pensar diferente.
À medida que o tempo ia passando, foi percebendo um enorme vazio dentro de si. Sempre dizia que estava buscando a felicidade, mas de uma hora para outra se deu conta de que nunca havia feito algo para que a conquistasse de fato.

Não se achava importante, nem capaz suficiente para ir em busca do que acreditava. Mal sabia ela que a felicidade só viria se ela proporcionasse sua chegada. Que os momentos felizes só se dão a partir de nós mesmos. Nunca soube muito o que era ser feliz. Tinha a sensação de estar sempre devendo algo a alguém por sua falta de entendimento, talvez...

Sempre gostou de escrever, mas nunca achou quem lesse seus versos. Apreciava a música desde muito nova, mas na melodia da vida era totalmente descompassada.
Sempre tirava boas notas na escola, mas as oportunidades não acompanhavam os bons números de suas aprovações..."